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Lições corporativas do filme Divertida Mente: mudanças e o trem de emoções.



Vivendo na intensidade de um mundo V.U.C.A., há uma coisa de que você pode ter certeza: é preciso mudar. Como sabemos que é comum as emoções ficarem agitadas em momentos de mudança, fomos buscar no filme Divertida Mente lições que podem ajudar você a passar pelo processo de forma mais tranquila, controlando o turbilhão de emoções e mantendo o foco.


Quase todas as mudanças, planejadas ou não, geram um certo desconforto, impactando diretamente nossas emoções. Como resultado disso, nossas reações podem influenciar nossa assertividade e afetar nossos relacionamentos. Mas como lidar com isso no ambiente corporativo, regido pelo mundo V.U.C.A., onde as mudanças fazem parte do cotidiano?


No filme Divertida Mente, Riley Andersen e sua família se mudaram do estado do Minessota para viverem em San Francisco, na Califórnia. Na cabeça de Riley habitam cinco emoções (básicas): Medo, Nojinho, Raiva, Tristeza e a Alegria. Essa última é quem comanda todas as outras. Durante esse período de mudança, as emoções passam a conflitar e, em um determinado momento, a Alegria e a Tristeza são expelidas da sala de controle das emoções, fazendo com que a vida de Riley mudasse completamente. Neste contexto, o filme nos traz algumas reflexões importantes sobre as emoções, que podemos usar como lições para realidade das empresas.


1. “Tudo era perfeito até essa mudança”


Esta é uma fala da Raiva, durante o conflito de emoções na cabeça de Riley. Ela evidencia que, frente às mudanças, tendemos a reagir com emoções negativas. O que explica a inclinação de resistir à mudança.


Muitas vezes a Raiva aparece para proteger o Medo, que se manifesta por desconhecer o que vem logo ali pela frente.


Até uma emoção positiva, como a Alegria, acaba criando algumas expectativas que, por vezes, podem não ser atendidas adequadamente. Isso é bem representado no filme quando a Alegria fantasiou uma casa perfeita, com um quarto perfeito para Riley, mas o que foi “entregue” foi uma casa antiga, sem graça, com um rato morto em um canto. Para piorar, os móveis atrasaram, fazendo com que Riley tivesse que dormir em um colchonete no chão.


Para lidarmos com a mudança nas organizações, seja de processos, estratégias ou, até mesmo, de equipe, o primeiro passo é identificarmos as emoções que estão “entrando no jogo”. Isso é de extrema importância para conseguirmos ter inteligência emocional. A partir desse entendimento, precisamos nos perguntar: Por que me sinto assim? Como essa minha emoção está influenciando meu julgamento da situação? Então, procure agir de forma otimista, porém realista. Lembre-se de que nosso dever, como líderes, é o de conduzir a equipe para a realidade, acompanhando cada indivíduo em seu “trem de emoções”.


2. “O trem das más notícias está apitando”


O otimismo, sem perder a realidade de vista, é um ponto chave nos processos de mudança.


Quando estamos pessimistas quanto ao processo de mudança, com o olhar para o negativo, qualquer notícia que recebemos tende a ser percebida como uma coisa ruim, uma “má notícia”.


Riley não conseguia perceber nada de positivo em sua nova cidade. Qualquer tentativa de seus pais em fazer com que ela se sentisse bem, era frustrada.


Manter uma atitude positiva nos ajuda a enfrentar os novos desafios, passando pela mudança com mais leveza e maior confiança. A positividade aumenta as nossas chances de acreditarmos que o que está chegando é uma boa oportunidade para a empresa e para as equipes, melhorando as nossas entregas e aumentando os nossos resultados.


3. Todas as emoções são importantes

Como dissemos, manter uma atitude positiva e manter a Alegria é super importante para passarmos pelos processos de mudança. Contudo, não podemos negar que a Tristeza, a Raiva, o Medo e o Nojo também fazem parte desse processo.


No filme, quando a Alegria e a Tristeza saíram da mesa de controle das emoções, os “mundos” da Riley foram se desmoronando, um a um. Assim acontece com nossas equipes também.


Quando a liderança nega que existem emoções negativas durante o processo de mudança, a confiança da equipe com o líder e com a organização pode diminuir e os mundos desmoronarem. Uma matéria do Valor Econômico apresentou uma pesquisa realizada pela Eller College of Management, escola de negócios da Universidade do Arizona (EUA), na qual os estudo mostram que simular emoções no ambiente de trabalho pode ser prejudicial tanto para a saúde, quanto para a carreira dos profissionais.


Portanto, os líderes precisam manter uma comunicação constante com seus liderados, levantando e nomeando os sentimentos e emoções que estão emergindo durante as mudanças.


4. É preciso haver uma preparação para a mudança


O filme Divertida Mente não nos deixa claro se houve um período de preparação de Riley para essa mudança tão grande em sua vida, mas é importante falarmos sobre isso.


Os líderes precisam estar preparados para atuar como agentes da mudança nas organizações, conscientizando suas equipes sobre a necessidade de diminuir a resistência e se abrir para o novo. Quanto mais as equipes estiverem preparadas, mais baixa será a agitação emocional, o que ajudará a “comprarem” a ideia mais rápido, além de resultar em um processo de transição com menos conflito e sofrimento.


Nossa maior certeza, quando avaliamos os cenários organizacionais, são as mudanças. Elas fazem parte do cotidiano das empresas e virão cada vez mais rápido, exigindo cada vez mais de líderes e equipes. Se você quer sair na frente, não permita que suas emoções te sequestrem. Aprenda a usá-las a seu favor, desenvolvendo sua inteligência emocional. Mas não pare por aí. Planeje a mudança, potencialize a comunicação e dê suporte à sua equipe.






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